Definitivamente, 2016 foi um ano recheado de acontecimentos, muitos deles um tanto desagradáveis. O cenário político e econômico, por exemplo, não foi dos melhores – principalmente no Brasil.
Para a ciência, este último ano também foi de muita novidade e bastante movimentado. 2016 ficou marcado por grandes descobertas científicas, algumas muito boas e outras nem tanto. Porém todas importantes.
Não faz ideia do que estamos falando? Então continue lendo esse conteúdo e fique por dentro das 4 descobertas científicas mais importantes do último ano!
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Ondas gravitacionais
O que Einstein já havia proposto era que os objetos ao se movimentarem no Universo, produziriam ondulações no espaço-tempo. Segundo ele, estas ondulações de propagariam pelo espaço. E é aí que entra esta descoberta: ela certifica que o conceito de espaço-tempo não é algo rígido, mas sim um oceano ondulante.
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Extinção das abelhas
Uma das constatações mais tristes – e preocupante – neste último ano foi a inclusão das abelhas na lista de espécies em extinção. Elas foram incluídas na lista criada pelo Ibama americano, o Fish and Wildlife Service.
O fato é que há algum tempo o inseto vem desaparecendo e agora 7 espécies (das 25 mil que existem) estão muito perto de desaparecerem por completo. A situação é alarmante no Brasil, no qual 30% das abelhas sumiram em um ano, bem como nos EUA (31%) e na Europa (53%).
Todas as espécies ameaçadas são do gênero de abelhas de cara amarela. Aliás, infelizmente, você já deve ter notado a ausência delas, não é mesmo?
As consequências disso são muitíssimo ruins e trazem inúmeros problemas,
principalmente no que tange a agricultura, já que as abelhas auxiliam na reprodução de boa parte da nossa comida. É isso mesmo, a maioria dos vegetais que comemos, necessitam delas para se reproduzir. O irônico é que alguns especialistas acreditam que os pesticidas (utilizados na agricultura) são os responsáveis por essa triste situação. Outros, apostam que a culpa seja da poluição.
Mas, enfim, apesar de ainda não haver um consenso científico sobre as causas desta situação trágica, medidas precisam ser tomadas e as pessoas conscientizadas. As abelhas são fundamentais para a nossa existência neste planeta e, inclusive, um dos maiores gênios de todos os tempos já atentou para isto:
“Se as abelhas desaparecessem da face da terra, a espécie humana teria somente mais 4 anos de vida. Sem abelhas não há polinização, ou seja, sem plantas, sem animais, sem homens”. Albert Einstein.
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Proxima b
Outra descoberta científica marcante no último ano foi o descobrimento de Proxima b, um planeta rochoso (do tamanho da Terra) que chamou atenção por estar orbitando em uma zona “habitável” da nossa estrela vizinha mais próxima: a Proxima Centauri. A distância da estrela para a Terra é de apenas 4,3 anos-luz.
O que torna a descoberta de Proxima b tão interessante é que ela é potencialmente habitável, pois possui condições de temperatura parecidas com a da Terra. Isso pode ser um indício de existência de água líquida na superfície do planeta. E sabemos que água líquida é pré-requisito para a vida, certo?
Em 2018 será lançado um telescópio espacial a fim de explorar a atmosfera do local. Por enquanto, ficamos na expectativa de novas descobertas científicas relevantes sobre Proxima b.
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O quarto estado da água
E por último, mas não menos importante, o descobrimento do quarto estado da água, que não poderia estar de fora dessa lista de descobertas científicas.
Você deve ter aprendido que a água pode apresentar 3 estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Pois saiba que pesquisadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA) confirmaram que ela não precisa estar em um desses três estados. Para surgir uma quarta fase basta ela sentir-se suficientemente pressionada. Fase esta que não consegue ser explicada pela física clássica.
O que os pesquisadores observaram é que a água seria capaz de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mas como assim? Na verdade, nem os cientistas têm certeza de porque a água adota esse comportamento quântico estranho. O fato é que eles observaram as moléculas de água aprisionadas em berilo (mineral que compõe as esmeraldas), no qual elas são mantidas em condições de extrema pressão. E foram nessas condições que os pesquisadores encontraram o efeito túnel (fenômeno observado apenas em nível quântico). Nesse fenômeno de tunelamento quântico, as partículas podem transpor um estado de energia, mesmo que não possuam energia para ultrapassar essa barreira.
Enfim, isso pode mudar a maneira como é pensado o transporte da molécula de água dentro de ambientes pequenos, como as membranas das nossas próprias células e os nanotubos de carbono.