Com certeza a “felicidade” é um assunto recorrente em nossas mentes. Eu estou feliz neste momento? O que me traria felicidade? São muitas as perguntas que cercam este sentimento misterioso e a ciência também tem algumas coisas para dizer a respeito disto.
Enrique Tamés, um filósofo mexicano que estuda temas sobre felicidade, tecnologia e trabalho, defende que “equilibrar nossas emoções” é mais importante do que simplesmente “pensar positivo”. Mas o que isso quer dizer?
A felicidade
Segundo Enrique, 95% dos artigos que lemos hoje sobre felicidade e bem-estar não possuem fundamentos científicos como embasamento. Porém, diz que nos últimos 20 anos surgiram diversas evidências científicas sobre o assunto e que estas foram validadas diversas vezes.
Por exemplo, o filósofo contou durante uma palestra no Sustainable Brands, em São Paulo que “hoje, já sabemos que ficar exposto por 20 minutos ao sol diariamente eleva nosso nível de felicidade, que há certas comidas que liberam substâncias que nos deixam mais felizes. Sabemos que a felicidade só está ligada a nosso nível financeiro até certo limite, quando precisamos de dinheiro para sobreviver. Depois, essa relação acaba”.
Um outro estudo citado por Tamés é um relatório da PwC que aponta que “existe uma relação direta de bem-estar e propósito de vida com o nível de felicidade das pessoas”.
Pensamento positivo
Segundo o filósofo “começamos a falar de pensamento positivo, como se o simples fato de pensar assim fossem fazer as coisas darem certo. Mas não há nenhum fundamento que diga que pensar positivo irá resolver nossos problemas”. Ele diz isso baseado em estudos fundamentados que apontam que a felicidade é tão difícil de ser alcançada porque o ser humano tem uma “pré-disposição” para a negatividade, devido a nossa história. “Os homens sobreviveram não porque estavam atentos ao prazer, mas porque estavam atentos ao perigo. O ser humano foi desenhado geneticamente para ver perigo em tudo e prestar atenção nele. […] Nossa natureza, ainda que tenhamos uma vida boa, diz que precisamos ter preocupações”.
Meditação, terapias e substâncias que liberem a serotonina nos ajudariam a mudar esta pré-disposição. Mas o filósofo defende que o mais importante é saber equilibrar as emoções. “Ser feliz não significa que os problemas da sua vida vão desaparecer. A vida está cheia deles. O que existe é uma forma diferente de abordar esses problemas”, ainda afirmando que não precisamos descartar todas as emoções ruins pois elas nos ajudam a “fazer coisas que muitas vezes não conseguimos ou não temos coragem”.
Dicas
Mesmo que todo mundo tenha suas próprias limitações, existem coisas que você pode tentar fazer para atingir seu máximo nível pessoal de felicidade. Praticar exercícios ou atividades (com um objetivo crível em mente), dormir bem, desenvolver sua inteligência emocional e investir em experiências que te façam crescer pessoalmente (ao invés de sempre investir em bens de consumo) são algumas ações que podem elevar seus níveis de felicidade.
Se engajar em atividades que façam um bem maior (como trabalho voluntário e doações) traz mais significado a sua vida. Atividades que nos proporcionam a sensação do “tempo voar” também nos trazem felicidade. E claro, traçar objetivos que te melhorem, trazendo a realização pessoal.
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